O acesso à Justiça e o filho do marceneiro

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Desembargador Palma Bisson, do TJSP.

Por: Carlos José Reis de Almeida - advogado

O Direito é uma das condições essenciais à vida dos homens. A convivência social exige imposição de limites, harmonia, equilíbrio, ordem, que são funções próprias do Direito. O advogado guarda íntima relação com o Direito por ser o seu maior cultor e o mais atento vigia das instituições jurídicas. Paladino dos injustiçados, guardião da legalidade, elemento indispensável à administração da justiça, são alguns dos conceitos destinados pela tradição aos advogados.

As emoções que permeiam a vida do advogado se situam entre tristezas e heroísmos, e sua atuação deve estar sempre dirigida à obtenção de respeito e confiança por parte da sociedade. Ao advogado compete construir o caminho para que o cidadão – seu constituinte - alcance a Justiça. O italiano Piero Calamandrei, um dos mais renomados advogados da história, dizia que para encontrar a justiça é necessário ser-lhe fiel, pois, como todas as divindades, ela só se manifesta a quem nela crê. Por sua vez, prossegue Calamandrei, o juiz é o direito feito homem. “Só desse homem posso esperar, na vida prática, aquela tutela que em abstrato a lei me promete. Só se esse homem for capaz de pronunciar a meu favor a palavra da justiça, poderei perceber que o direito não é uma sombra vã. Por isso, indica-se na iustitia, e não simplesmente no ius, o verdadeiro fundamento regnorum – pois se o juiz não for vigilante, a voz do direito permanecerá evanescente e distante, como as inalcançáveis vozes dos sonhos” (Eles, Os Juízes, Vistos por um Advogado – Ed. Martins Fontes, página 12).

O grande legislador ateniense Sólon certa vez foi inquirido sobre a forma ideal de Estado, ao que respondeu: “aquela em que são honrados os bons e castigados os maus. Feliz é o Estado em que os cidadãos respeitam os juízes e estes respeitam as leis”. A principal incumbência da magistratura, portanto, reside em fazer respeitar as leis e interpretá-las de maneira imparcial e honesta quando alguém se desvia do seu normal cumprimento. Há uma passagem célebre da história ocorrida na Prússia governada por um déspota chamado Frederico II (1712-1786), que queria obrigar um moleiro a vender seu moinho para a construção de um parque. Recusando-se à venda o moleiro despertou a ira do tirano, que ameaçou confiscar sua propriedade. O camponês reagiu com coragem: “Não temo tuas ameaças, pois ainda há juízes em Berlim”.

Além da virtude da coragem o juiz também precisa usar de fina sensibilidade para avaliar as questões propostas, atentando para o fato de que além dele magistrado, outras partes integram o processo (advogados, partes, Ministério Público, peritos), cada qual cumprindo importantes papéis que merecem respeito absoluto e irrestrita dedicação.

Ao lado das medidas necessárias ao aperfeiçoamento do Judiciário, o acesso à justiça é um tema de que ganhou grande repercussão nos últimos tempos. Compõe-se de propostas que convidam a uma ampla reflexão sobre o funcionamento da justiça, visando facilitar o acesso do povo ao atendimento de suas aspirações pelas autoridades judicantes. O Desembargador paulista José Renato Nalini – autor de importante obra sobre o assunto – entende que o juiz, apesar de ser o operador que mais se atormente com a questão, não é o único responsável pela ampliação do acesso à Justiça. É preciso buscar auxílio noutras participações importantes, como o Ministério Público, a advocacia, os doutrinadores, os professores universitários e a própria sociedade civil, permitindo que outras experiências contribuam para ampliar o acesso à Justiça.

Prefaciando o trabalho do Desembargador Nalini, o Ex-Ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Veloso registra: “conheço juízes que proferem magníficas sentenças e votos, que estão com o serviço em dia. São excelentes juízes, mas ficam apenas nisto. Outros, que também proferem sentenças e votos notáveis, vão mais longe. Percebem que a Justiça é lenta, emperrada, distante do povo, com o que não se conformam. Querem, então, melhorá-la, querem-na atuante, viva, fazendo felizes as pessoas. Estes são os verdadeiros juízes, os grandes juízes...” (O Juiz e o Acesso à Justiça – Ed. RT, 1994, página 3).

Encontrar decisões que refletem a grandeza desses magistrados, para nós advogados que militamos no dia-a-dia das causas que envolvem o sofrimento e o desespero das pessoas cujo acesso à Justiça é dificultado por uma série de obstáculos – estes muitas vezes criados pelo próprio Judiciário -, é um bálsamo que alivia e conforta. São exemplos que nos renova o espírito e nos incentiva a manter a luta pela busca de Justiça para os que dela necessitam.

Foi o que exatamente aconteceu quando tomei conhecimento de decisão do Desembargador José Luiz Palma Bisson, do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferida num Recurso de Agravo de Instrumento ajuizado contra despacho de um magistrado da cidade de Marília (SP), que negou os benefícios da Justiça Gratuita a um menor, filho de um marceneiro que morreu depois de ser atropelado por uma motocicleta. O menor ajuizou uma ação de indenização contra o causador do acidente pedindo pensão de um salário mínimo mais danos morais decorrentes do falecimento do pai.

Por não ter condições financeiras para pagar custas do processo o menor pediu a gratuidade prevista na Lei 1060/50. O juiz, no entanto, negou-lhe o direito dizendo não ter apresentado prova de pobreza e, também, por estar representado no processo por advogado particular. A decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a partir do voto do Desembargador Palma Bisson é daquelas que merecem ser comentadas, guardadas e relidas diariamente por todos os que militam no Judiciário. Transcrevo a íntegra do voto:

“É o relatório. Que sorte a sua, menino, depois do azar de perder o pai e ter sido vitimado por um filho de coração duro - ou sem ele -, com o indeferimento da gratuidade que você perseguia. Um dedo de sorte apenas, é verdade, mas de sorte rara, que a loteria do distribuidor, perversa por natureza, não costuma proporcionar. Fez caber a mim, com efeito, filho de marceneiro como você, a missão de reavaliar a sua fortuna.

Aquela para mim maior, aliás, pelo meu pai - por Deus ainda vivente e trabalhador - legada, olha-me agora. É uma plaina manual feita por ele em paubrasil, e que, aparentemente enfeitando o meu gabinete de trabalho, a rigor diuturnamente avisa quem sou, de onde vim e com que cuidado extremo, cuidado de artesão marceneiro, devo tratar as pessoas que me vêm a julgamento disfarçados de autos processuais, tantos são os que nestes vêem apenas papel repetido. É uma plaina que faz lembrar, sobretudo, meus caros dias de menino, em que trabalhei com meu pai e tantos outros marceneiros como ele, derretendo cola coqueiro - que nem existe mais - num velho fogão a gravetos que nunca faltavam na oficina de marcenaria em que cresci; fogão cheiroso da queima da madeira e do pão com manteiga, ali tostado no paralelo da faina menina.

Desde esses dias, que você menino desafortunadamente não terá, eu hauri a certeza de que os marceneiros não são ricos não, de dinheiro ao menos. São os marceneiros nesta terra até hoje, menino saiba, como aquele José, pai do menino Deus, que até o julgador singular deveria saber quem é.

O seu pai, menino, desses marceneiros era. Foi atropelado na volta a pé do trabalho, o que, nesses dias em que qualquer um é motorizado, já é sinal de pobreza bastante. E se tornava para descansar em casa posta no Conjunto Habitacional Monte Castelo, no castelo somente em nome habitava, sinal de pobreza exuberante.

Claro como a luz, igualmente, é o fato de que você, menino, no pedir pensão de apenas um salário mínimo, pede não mais que para comer. Logo, para quem quer e consegue ver nas aplainadas entrelinhas da sua vida, o que você nela tem de sobra, menino, é a fome não saciada dos pobres.

Por conseguinte um deles é, e não deixa de sê-lo, saiba mais uma vez, nem por estar contando com defensor particular. O ser filho de marceneiro me ensinou inclusive a não ver nesse detalhe um sinal de riqueza do cliente; antes e ao revés a nele divisar um gesto de pureza do causídico. Tantas, deveras, foram as causas pobres que patrocinei quando advogava, em troca quase sempre de nada, ou, em certa feita, como me lembro com a boca cheia d'água, de um prato de alvas balas de coco, verba honorária em riqueza jamais superada pelo lúdico e inesquecível prazer que me proporcionou.

Ademais, onde está escrito que pobre que se preza deve procurar somente os advogados dos pobres para defendê-lo? Quiçá no livro grosso dos preconceitos...

Enfim, menino, tudo isso é para dizer que você merece sim a gratuidade, em razão da pobreza que, no seu caso, grita a plenos pulmões para quem quer e consegue ouvir.

Fica este seu agravo de instrumento então provido; mantida fica, agora com ares de definitiva, a antecipação da tutela recursal.

É como marceneiro voto.

PALMA BISSON - Relator Sorteado”

Que a riqueza desta lição possa orientar servidores, advogados, promotores de justiça e magistrados na busca de melhores dias e de melhores resultados para o nosso Poder Judiciário.

35 Comentários:

Anônimo disse...

Bom dia!

Acabei de receber, via e-mail, esta decisão, e é com os olhos cheios d'água, que parabenizo e agradeço, de todo coração, esse desembargador por sua sensibilidade ao retificar injustiça tamanha.
Que Deus ilumine o Dr.Palma e sua família.

Anônimo disse...

Magnífica, lapidar e pedagógica essa decisão proferida por este grande homem e incrível Magistrado, o Desembargador Palma Bisson. Que Deus sempre abençoe a vida desse homem, dando muitos anos de vida a ele e permitia que a Justiça brasileira e o povo paulista possam ter por muito tempo ainda a nobreza, humildade e este senso de equidade demonstrado por ele a iluminar nosso mundo. Parabéns Dr. Palma Bisson! Como cidadão, tenho a certeza absoluta que o senhor é um daqueles juízes de verdade, um juiz de verdade citado pelo Ex-Ministro Carlos Veloso.
Sandro Couto - Ponta Grossa - PR

Anônimo disse...

Qualquer coisa que eu venha falar, será mera repetiçao do que os nobres colegas falaram, no entanto nao poderia deixar de dizer que nessa sentença desde as vírgulas ao ponto final, em cada uma delas eu me deleitei.
Que coisa prazerosa de ler e saber.
Realmente ainda existem pessoas de bem.
Que Deus olhe sempre por você desembargador.

Como gostaria de ter tido o prazer de conhece-lo pessoalmente ou até mesmo ser sua aluna.

Parabéns.

Jesus Pereira disse...

Um deleite, sim, Núbia: justiça com afeto -- com paixão, mesmo. Um deleite de lotar o coração de alegria e encher os olhos d'água.
Parabéns imensos ao Desembargador Palma Bisson (que nem conheço). Que agraciados seriam milhares e milhares de meninos e meninas se tivessem pais como o pai-marceneiro que tão brilhantemente talhou a alma e o coração desse magistrado.
Que o Menino-Deus os proteja: pai marceneiro, filho magistrado e todos os meninos e meninas! Amém.

Mauricio Monteagudo Flausino disse...

Realmente, posto minhas homenagens a este Tribuno, Dr. JOSÉ LUIZ PALMA BISSON, presenciamos a mais digna conduta de um tribunal, em relação a justiça e a injustiça. Observamos que todo mundo entende por justiça, aquela disposição moral que torna os homens aptos a fazer coisas justas, que o faz agir justamente e desejar aquilo que é justo.

Giulio Perillo, Advogado disse...

Não poderia ficar no anonimato ao parabenizá-lo.
Existem sim, Homens de bom coração e de bons costumes. A prova está ai. Devemos a cada oportunidade, despejar o “verbo”. Não podemos mais ver triunfar nulidades e deixar crescer tanta injustiça.
Parabéns, Nobre Desembargador DR Palma Bisson, que outros tantos que nos rodeiam façam valer a virtude e dom que nos foi dado.
Decisões como esta, deveriam ser corriqueiras, normais. A anormalidade é que deveria ter destaque, mas no mundo em que vivemos como disse Rui Barbosa: ... “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
Ainda é hora de mudar.
Abraços,
Giulio Perillo.'.
OAB/RS 50926

Danielle Moura disse...

Algumas coisas me emocionam muito, notadamente a sensibilidade da alma humana, a capacidade de enxergar o sofrimento alheio e procurar minimizá-lo.
Acabei de ler em meu e-mail o belo voto do desembargador José Bisson e é com prazer que verifico que esta sua decisão foi proferida há mais de um ano e ainda hoje repercute.
Torço para que mais e mais pessoas tomem conhecimento desta lição de humildade,porque também as boas ações devem ser divulgadas. Torço também para que o nobre desembargador saiba o quanto seu pensamento foi aplaudido, para que sirva de estímulo e ânimo em seu árduo trabalho de julgar e decidir sobre vidas alheias.
Que Deus proteja o desembargador Bisson e toda a sua família. Que ele tenha muita saúde e ainda muitos anos para viver e fazer justiça.

Joaquim Castillo disse...

È uma pena que o Judiciário não possua uma grande quantidade de marceneiros dessa qualidade. Eu me conformaria com que fosse, pelo menos, de carpinteiros...

Anônimo disse...

"AINDA HÁ JUÍZES EM BERLIM". E ainda há juízes no Brasil como o Dr. Palma Bisson !

Anônimo disse...

Louvado seja esse magistrado que usa de seu poder com delicadeza e sabedoria!!! Parabéns Desembargador!

Vilmar Mostério disse...

Vilmar Mostério disse... como motorista do TJ,tive o previlégio de conhecer e um grande prazer em servi-lo,sou testemunha da sua bondade e humildade, Dr.Palma Bisson, que Deus o proteja.

Luiz Michielin Neto disse...

Dr. Palma Bisson

Recebi o email que conta a história do filho do Marceneiro e o seu exemplar Despacho. Fiquei na certeza de que o Brasil ainda tem chance de mudar com Juízes da cepa nobre e de elevada estatura moral de Vossa Excelência.
Trabalhei durante 20 anos na extinta Varig onde fui obrigado a contribuir para o fundo de pensão AERUS que me garantiria uma aposentadoria digna no futuro.
Hoje sou Comandante da GOL mas me vejo condenado a ter que a voar até morrer pois recebo R$ 366,28 mensais de aposentadoria do AERUS, enquanto a nossa causa se arrasta empoeirada pelas chicanas dos tribunais de juízes que defendem o governo que deve mas não paga.
Parabéns Desembargador PALMA BISSON!!!

Oscar disse...

Prezados Colegas,
De fato, precisamos de "justiceiros" neste País.
Sem palavras, mas digo: enquanto existirem HOMENS iguais ao Desembargador Palma, ainda existirá esperança de um Brasil mais justo, menos elitista, menos hipocrita. Que Deus assista feliz esse exemplo.
Oscar
Advogado
Brasília-DF

Anônimo disse...

Que juízes como o Dr. Bisson sejam regra e não exceção neste país de tanta corrupção e injustiça.
Parabéns Dr. Bisson,o sr. orgulha a todos nós que ainda acreditamos que há pessoas imparciais no julgamento.
Um grande abraço e muito obrigado.
Jorge Daros - Criciúma - SC

Anônimo disse...

Essa deveria ser a matéria principal de qualquer jornalismo, certamente nos atentaria para a beleza dos benfeitos e nos daria exemplos a mostrar para nossos filhos. Espetacular! Parabéns!

Anônimo disse...

É com grandes homens que se faz uma grande Nação. Parabéns ao Nobre Desembargador e que Deus lhe de saúde para continuar este brilhante trabalho.

Iara Vidal disse...

É uma pena que um caso tão nobre como este tenha sido tão pouco divulgado ! Parabéns ao Desembargador por fazer uso do seu poder com tanta bondade e sabedoria.

Sarah Ribeiro disse...

Recebi hoje, pela manhã o e-mail com essa decisão. Ganhei o dia! Com decisões como esta podemos ter a certeza que ainda possuimos julgadores que não se distanciaram de suas origens e, por este motivo, entendem aqueles que procuram o Judiciário em busca de justiça. Des. Palma Bisson, sua decisão é um alento para nós que lidamos com processos todos os dias e que não nos deixamos "anestesiar" com o desalento do próximo. Parabéns!!

Roberto Romaro disse...

Nao basta façamos justiça, é preciso sejamos humanos.

Parabéns.

Chaiene Lima disse...

São de exemplos assim que estudantes como eu devem se espelhar... Muitos ao serem chamados de "doutor" enchem suas cabeças e seu ego, não deixando espaço para armazenarem suas origens. Grande exemplo!

Anônimo disse...

Acabei de receber a mensagem aqui em Tampa, Florida, USA. Espero que possa correr o mundo. Pena que poucas pessoas com poder nas maos tem este mesmo entendimento sobre as necessidades dos seus semelhantes.

Rômulo Morais disse...

Em tempos onde a grosseria, a falta de educação, a injustiça e a disseminação das más-condutas se proliferam, ainda há ilhas de bondade no mundo! Sempre é tempo de fazer o bem! Nada obstante as outras profissões e demais cidadãos, nós operadores do Direito temos o dever de passar por essa nossa jornada promovendo o bem-estar social!
Parabéns Desembargador!

Flor de Helis Arte em Festas disse...

Pessoas como o Dr. Palma Bisson reavivam a pequena chama de esperança na justiça brasileira que ainda há em meu coração. Como estudante do Direito sinto-me reconfortada em saber que ainda existem alguns humanos debaixo das togas. Parabéns!

Donizete A Branco disse...

DR.JOSÉ LUIZ PALMA BISSON, voce mereçe o titulo de DOUTOR, seu Pai deve se orgulhar de ver sua cria, que alem de se tornar DOUTOR, e um Sabio, pois sabe demonstrar que nossa justiça, que neste Brasil e tão desacreditada, tem verdadeiros Homens que conseguem manter o equilibrio da balança, e desvenda os olhos para enxergar e assim praticar a verdadeira JUSTIÇA, DOUTOR PALMA que filho de Marceneiro mostra orgulho de sua origem, que outros homens que ocupam cargos decisivos na vida do ser humano, que tambem tem pais que nao foram marceneiros, mas de outras profissões, possam ter em sua mesa algo que faça lembrar sua origem, e a cada descisão antes de ser tomada, possa olhar aquele objeto de seu passado, e, possa refletir, pensar e assim julgar com a Luz da Sabedoria, e agir como DOUTOR PALMA o fez! Que DEUS abençoe a estes Homens iluminados.

Anônimo disse...

Emocionante leitura!!!
Maravilhosos saber que temos magistrados assim!!!
Parabens desembargador,que Deus o abenc,oe!!!

Regina MPMP disse...

É emocionante e confortante saber que ainda hoje, dentre tantas injustiças e corrupções explícitas, existe um homem que não se deixou contaminar, nos mostrando uma atitude e uma nobreza tamanha que servem para alimentar nossa esperança por um mundo mais justo.
Parabéns ao nobre Desembargador e que Deus continue o iluminando para vermos mais decisões como esta!

Anônimo disse...

Parabéns ao Dr. Palma pelo respeito e principalmente por ter decidido com tamanha humanidade. De homens assim, com essa sensibilidade e bom senso que nosso mundo precisa. Corruptos e desonestos existem aos montes, mas dignidade como a desse magistrado que fez tão bem e justamente seu papel, somos carentes.
Que Deus lhe dê muitos anos de vida, paz e alegrias.

Giusepe disse...

O Salmo 68,6 diz que Deus é Pai dos órfãos , justiceiro das viúvas.
Quando li a sentença do Dr. Palma, vi a mão de Deus protegendo esse menino.
Chorei de emoção, pois também sou órfão e vi a mão de Deus muitas vezes me guiando.
Louvado seja Deus.

Davi disse...

Honrarias ao Excelentíssimo desembargador Palma Bisson, uma vez que usando de muita sabedoria e desprovido do manto negro da malevolência dos homens, mormente auqueles que se auto intitulam justos, soube ater-se ao caso concreto inserido nessa ode. Não encontrando conceito mais apropriado para a pavra justiça, que tanto trabalho proporcionou aos filósofos do mundo antigo, recorro-me a Ulpiano, jurista Romano do sec. II, pois não encontro conceito mais apropriado para definir a atitude desse grande magistrado, porque realmente, ele "atribuiu a cada um o que lhe é devido".

KAREM disse...

É COM OS OLHOS MAREADOS QUE MENTALISO UM ABRAÇO FRATERNO NESTE DESEMBARGADOR, QUE ANTES E ACIMA DE TUDO É UM IRMÃO EM HUMANIDADE. ME CURVO DIANTE DA AUTORIDADE MORAL DE SUAS PALAVRAS, A ÚNICA QUE COMOVE AS ENTRANHAS DO SER, E O ELEVA ACIMA DAS INJUSTIÇAS DA INDIFERENÇA QUE CEGA E MALTRATA, PARA ALCANÇAR O ESPLENDOR E A MAGNITUDE DO AMOR AO PRÓXIMO. QUE VOCÊ, MEU AMIGO, PROSSIGA NESTE CAMINHO ABENÇOADO, COMO UM GUIA, UM EXEMPLO A SER SEGUIDO POR TODOS QUE EXERCEM O MAGISTÉRIO DA JUSTIÇA. MUITO OBRIGADO, PELO RARÍSSIMO MOMENTO DE ALEGRIA VERDADEIRA, PROPORCIONADA NA MINHA PROFISSÃO, A ADVOCACIA DOS HIPOSSUFICIENTES, A ADVOCACIA DE UM POVO ESQUECIDO E USURPADO PELO ESTADO E PELOS MAIS FORTES.

Silvana Whitehead disse...

Na minha ignorancia,acho que nem tinha o direito para nenhum comentario.Mas com as minhas simples palavras,venho somente dizer alias pedir para que todos vejam que ainda existem pessoas que podemos chamar de GENTE!!!!Que Sirva de exemplo para muitas pessoas de nariz em pé!!!Acordem nosso Brasil ainda tem jeito!!!Obrigada Doutor por tudo!!!!Continue sempre sendo este HOMEM que Deus te fez!!!!

Lucélio G. Freitas disse...

De Lucélio para José Luiz Palma Bisson,

Obrigado por não ser um "Sacerdote ELI".

(1SM 2:27)Veio um homem de Deus a Eli e lhe disse: Assim diz o Senhor: Não me manifestei, na verdade, à casa de teu pai, estando os israelitas ainda no Egito, na casa de Faraó? Eu o escolhi dentre todas as tribos de Israel para ser meu sacerdote, para subir ao meu altar, para queimar incenso e para trazer a estola sacerdotal perante mim; e dei à casa de teu pai todas as ofertas queimadas dos filhos de Israel.
...
(1SM 2:31)Eis que vem dias em que cortarei o teu braço e o braço da casa de teu pai, para que não haja mais velho nenhum em tua casa.
...
(1SM 2:33)O homem, porém, da tua linhagem a quem eu não afastar do meu altar será para te consumir os olhos e para te entristecer a alma; e todos os descendentes da tua família morrerão na flor da idade.
...
(1SM 2:35)Então, suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o que tenho no coração e na mente; edificar-lhe-ei uma casa estável, e andará ele diante do meu ungido para sempre. (1SM 2:36)Será que todo aquele que restar da tua casa virá a inclinar-se diante dele, para obter uma moeda de prata e um bocado de pão, e dirá: Rogo-te que me admitas a algum dos cargos sacerdotais, para ter um pedaço de pão, que coma.
...
...

Pode parecer que DEUS não enxerga mas fica evidente nesta história, que Ele foi, é, e será felizmente sempre o mesmo. É só vigiar, e confiar....

Lucélio.

Anônimo disse...

Me enche de orgulho saber que, com a alma iluminada, existe ser tão sensível e de olho nas injustiças que a vida tenta nos pegar. Parabéns Desembargador Bisson pela mais pura prova de carinho e justiça pelos que tanto necessitam.

Paulo Lima - ADV. Petrópolis - RJ

Marco Aurélio disse...

Como afirmou o Exmo Dr. Bisson, é oriundo de berço "pobre" modesto, entretanto não lhe faltou "BERÇONALIDADE" ou seja, tem berço e personalidade. Numa das mensagens postadas foi dito que "Deus ilumine o Dr. Bisson". A intenção não é discordar, mas, acredito que o NOBRE Desembargador já é ILUMINADO por DEUS, logo, desejo com força herculiana que Deus Ilumine os demais Juízes/Desembargadores. No mais muito me honraria poder cumprimentar o Dr. Bisson pessoalmente.

Luiz Gomes disse...

Curioso fiquei, afinal somente conversamos por telefone, quando tive a oportunidade de conhecer o Dr. Luiz Palma, voz pausada, entonação de jurista e desembargador, parecia-me estar falando com o Saudoso Saulo Ramos, que somente conheci por televisão, esta ferramenta incrível me mostrou de quem tratar-se, para minha surpresa logo de cara esta agradável leitura, tive a honra de conhecer um paladino da justiça brasileira.

 
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